
O que para mim fazia toda a lógica, não era visto no feminino pelo mesmo ângulo. Provavelmente o fervor com que estavam a olhar o problema, provocou a cegueira colectiva, acontece com bastante frequência, e não se trata de um problema hormonal, mas sim de um problema transversal, no que diz respeito a esta "coisa" (apelido-a de coisa porque não consigo encontrar melhor classificação) da guerra dos sexos. Aliás os números da altura contrariavam a minha tese. Na legislatura de 2005 o números de deputadas tinha aumentado de 49 para 63, o que tornou ainda mais difícil explicar, o que quer que fosse.
Agora que o Parlamento regressou aos trabalhos, gostaria de perguntar a todas as mulheres de novo, se concordam com a lei da paridade. A discussão faz todo o sentido, sabem porquê? É que a nova composição do parlamento tem menos mulheres. Finalmente os números estão do meu lado, e desconfio que irão estar décadas a fio.
Apesar da lei prever uma quota mínima de 33% de mulheres, a percentagem nesta legislatura é apenas de 27,4%, havendo mesmo partidos que só apresentam 19% de deputadas nas suas fileiras. E querem saber mais? Apesar das quotas não atingirem os mínimos, não há violação da lei da paridade. Isso mesmo, Ontem (em 2005), como hoje (2009), esta lei cheira-me a um presente envenenado, e é mesmo. Aliás mesmo que os números fossem compridos, esta lei era sempre uma reles forma de travar a progressão das mulheres na vida politica, e nunca uma forma argilosa de as proteger. Se alguma mulher estiver a ler o texto, não a imagino senão ferida no seu ego, quanto mais não seja por estar a ser tratada como uma mísera quota, o que dá um ar mercantilista á questão. Eu ficaria ferido de morte no meu orgulho, jamais me deixaria manipular por uma cifra. Aliás esta coisa de quotas, só as admito na agricultura, e mesmo ai, olho para a questão com alguma apreensão.
Esta lei da paridade foi feita por "cotas", com a finalidade de perpetuar outros "cotas", espero que entendam de uma vez por todas.
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