quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Aventura

A minha aventura não tem fim. Este mundo continua a girar, numa eterna obsessão de nos limitar no tempo, e teima em colocar os seus trilhos bem em cima dos meus, numa inssistente tentativa de me fazer mudar de rumo... ou talvez não...quem sabe?
Não sou rebelde, não sou irreverente, ou muito menos um desalinhado. O receio de sair dos trilhos bem desenhados, onde nunca perdemos de vista a meta, por muito longo que seja o percurso, é grande. Isto faz de mim um cobarde? As hipóteses de a resposta ser afirmativa são elevadas, eu sei, mas no entanto não a vejo assim tão clara.
Provavelmente serei mais um eterno comodista, prefiro os trilhos curtos, mas infinitamente menos compensadores. As rotinas atraem-me e tenho uma manifesta aptência para a distração compulsiva. É com frequência, que presto pouca atenção aos companheiros de viagem, aos sinais que vou encontrando, ás paisagens com que sou brindado, ou mesmo aos absolutamente desconhecidos. Caminho de olhos postos nos pés, gosto de saber o terreno que piso, como tal não dispenso grande atenção ao resto que me rodeia. Serei egoísta? Provavelmente, embora não goste particularmente do meu umbigo...mas também não admiro nenhum outro em particular, simplesmente olho pouco, não gosto de desviar as minhas atenções, posso dar um passo em falso. O que é certo, é que esta aventura de me encontrar não tem fim. Já parti á muito tempo, a meta continua á vista, e eu...bem...acho que continuo sempre com os olhos virados para os pés...


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