quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Liderança

Correndo o risco de estar a contribuir um pouco mais para a intoxicação politica que o país vive, decidi falar no entanto (espero que pela última vez), sobre o próximo acto eleitoral.
Vivi os meus últimos oito anos na freguesia de Perafita, Matosinhos, onde acabei por me recensear.
Os acasos da vida são de facto caprichosos, deixando por vezes sérias interrogações, sobre a existência de factores externos que condicionam o nosso rumo. Aquilo que vulgarmente apelidamos de destino, e que ainda hoje recuso determinantemente aceitar, mas que interrogo inúmeras vezes.
Pois foi nesta terra que escolhi por acaso para viver durante alguns anos, que também por mero acaso, encontrei o senhor que podem ver na fotografia ao centro, ladeado por Guilherme Pinto e por José Luís Carneiro, o Dr. Rui Lopes. Perguntarão com toda a propriedade o que tem a ver a cara com a careta? Tem tudo a ver, não sou dos que dá a ponta sem nó, como poderão constatar.
Em primeiro lugar gostaria de afirmar aqui, que esta figura ilustre dirige com toda a propriedade os destinos da Vila de Perafita. É intransigente na defesa da população que representa, e um cidadão atento as necessidades prementes. Coloca acima de tudo, até da própria família o cargo para o qual foi eleito, prejudicando assiduamente a sua vida pessoal. Os mais atentos sabem o salto qualitativo que Perafita deu, nestes últimos quatros anos, pela mão deste verdadeiro timoneiro.
De facto Rui Lopes pertence a uma nova geração de políticos, nos quais eu me revejo. São homens e mulheres que um pouco por todo o lado emergem, e que não precisam da politica para se servirem, mas que aproveitam ao máximo a politica para servir os outros.
Ao longo da vida orgulho-me de ter conhecido várias pessoas com capacidade de liderança, mas asseguro aqui, que depois de conhecer o actual presidente da Junta de Freguesia de Perafita, tudo o resto me parece banal. Apesar da sua juventude, este homem é um verdadeiro LIDER.
Na minha humilde opinião, não fosse a sua falta de ambição politica, já estaria em outros patamares, qui ça, a frequentar outros corredores bem mais agradáveis. Mas ainda bem para a população de Perafita que assim é!
Apesar de já não viver em Perafita, não por falta de vontade, mas porque outros acasos forçaram a mudança, no dia 11 de Outubro o meu voto ainda vai falar na terra que ainda hoje me deixa saudades. Como podem constatar, é por esta maioria de razões que o Rui merece o meu voto.
Obrigado Rui pela tua devoção e entrega total á terra que te viu nascer, espero que domingo a população saiba retribuir de igual modo.




Idiotices



O meu vizinho têm uma câmara de vigilância. Parece boa ideia convocar uma conferência de imprensa. Queixo-me do homem, se bem que nunca o vi mais gordo, afirmo com veemência as minhas preocupações sobre a segurança da rua. Preparo uma série de atuardas para entreter os jornalistas, e depois termino a dizer que afinal estava a brincar, a câmara de vigilância não é do vizinho nem está na parede dele, o que me preocupa verdadeiramente é o meu e-mail. É vulnerável. Sei que assim á primeira vista parece uma idiotice mas não. Asseguro que ainda há gente que acredita sem rir ás gargalhadas. E depois até apareço nos telejornais e tudo. Eu sonhei? Ou isto foi real? Há momentos que mais valia estarem todos calados, ganhavam todos concerteza.

Eu incluo-me neste lote dos que precisam de uma boa mordaça.

Equivocos


Se um número infinito de experiências, por muitas que sejam, não poderão provar que tenho razão. Então, porque basta uma só experiência para demonstrar que estou equivocado?

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Obrigado...



A todos os que me fazem sentir no topo do mundo, obrigado.
Como é bom lá estar de vez enquando.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Coragem


Ontem foi para mim o final dos 18 dias mais extenuantes da minha vida!
Depois da excelente aventura em que me vi envolvido, deixei cair alguns preconceitos que mantinha sobre a politica,e sobre os políticos.
O cansaço invadiu o meu corpo, e eu deixei-me apanhar pelas suas armadilhas. Mas feitas bem as contas valeu a pena. Portugal acordou hoje no mesmo século, sem suspensões temporárias da democracia, sem o "orgulhosamente só", e apesar da temperatura amena que nos brinda o final de verão, sem nenhum tipo de asfixia.
Sinto-me orgulhoso por ter contribuído para que a campanha do primeiro ministro tenha chegado a bom porto. Foi uma ínfima migalha que lhe dei é certo, mas estive lá. E que bom foi estar lado a lado com personalidades que ficarão ligadas a história de Portugal e da jovem democracia, como Mário Soares, Almeida Santos, Jaime Gama, Maria Barroso, Manuel Alegre, etc. Estar perto destas figuras é absolutamente fantástico, preenchem a nossa alma, dão mais sentido as nossas vidas.
Podemos enumerar um infindável rol de críticas a estas personalidades que gravitam á volta da nossa política, tentar até reduzir a zero o trabalho que elaboram diariamente. Mas têm de concordar, ser político hoje em Portugal, é por si só sinónimo de coragem.
Vejamos o exemplo de José Sócrates, e de Manuela Ferreira Leite. O primeiro foi abalado pela histórica crise mundial que afectou a governação, pela invenção de casos a dias da campanha eleitoral, pela intromissão do Presidente da Républica num campeonato que não é o dele, e mesmo assim deu a cara até ao fim, e venceu. Nesta campanha Sócrates, foi enxovalhado pela comunicação social, insultado pelos paladinos da democracia, queimado pelos que advogam a asfixia, e deu sempre o peito ás balas. Manuela Ferreira Leite é sem dúvida também uma mulher de coragem. Depois de dar o dito pelo não dito, de não ter sequer a capacidade de explicar o seu programa eleitoral aos portugueses, por ter feita a campanha mais nojenta desde os tempos do PREC, e por fim depois de ter sido redondamente derrotada nas urnas, quando tudo jogava a seu favor, não se demitiu.
Sem dúvida é preciso ter coragem, muita coragem!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Avançar Portugal


Um dia de descanso...

E que descanso! Cada segundo que respiro este ar do norte vale o seu peso em ouro.

Quase 3 mil quilómetros percorridos, muitos discursos, muito vandalismo, e muita falta de democracia depois, chego a meio da campanha completamente convencido.

Quem acusa o PS de falta de pluralismo, de querer o controlo da comunicação social, é mentiroso.

Isto de estar em "todas", de ver com estes dois olhos o que se passa, e o que se relata depois nos diários de campanha, chega a rossar o campo do surrealismo.

Desde manifestações encomendadas para estragar comicios, de apresentadores de megafone a tentar insultar o Primeiro Ministro, apanhámos de tudo. Em Almansil, Algarve, chegaram a tentar incêndiar o nosso camião de video durante a madrugada, sinal do grande pluralismo que impera pelo universo das outras candidaturas. A nossa empresa não pertence ao PS, é uma média empresa, e mesmo assim, apesar de todos os lideres da oposição utilizaram o chavão da protecção das pequenas e médias empresas, á socapa manda incêndiar camiões.

Depois do milagre, porque nada de grave aconteceu, José socrátes continua a discursar todos os dias na estrada a partir do nosso camião, e que orgulho se tornou, ouvir a sua voz.

Saí do Porto com sérias dúvidas, regresso com a alma cheia.

Estas atitudes completamente persecutórias, são surreais, rossam a obcessão.

Dia 27 José Socrates conquistou mais um voto! O meu!

Rezo para que este périplo pelo Norte, que agora vamos iniciar, amanhã no distrito de Braga, seja mais democrático, mais ploral, e acima de tudo isento.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Fui


Vou com muito custo. Sei que irei fazer falta, principalmente a mim mesmo.

Que raiva....

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Tatuagens

Mesmo sem querer, mesmo sem figurar lá o nosso remetente com o código postal correctamente preenchido, há sem dúvida, muitos acasos da vida que nos podem ensinar muito. As tatuagens são por exemplo olhadas por muitos de forma preconceituosa, e em alguns casos até se percebe porquê. Ninguém pensa em fazer uma tatuagem que não seja para a vida. Sei que agora as cirurgias plásticas também as removem, no entanto, quem as vai fazer, sabe que as faz para a vida. É uma espécie de casamento com um símbolo, pois sabemos que este nos irá acompanhar em todos os momentos, e não interessa se é agradável á vista dos outros, o que interessa é que seja agradável á nossa.
Sou um admirador confesso de tatuagens, acho que existem por ai verdadeiras obras de arte a circular, umas mais ocultas do que outras, dependendo da altura do ano em que nos encontramos, ou mesmo do local onde são colocadas.
Ora, numa visão mais romântica do assunto, não é que anda por ai alguém a cantarolar que o nosso coração também pode ser tatuado? E não é que é verdade?
Ao longo da nossa vida, vamos literalmente tatuando o nosso coração. E mesmo que as pequenas agulhas nos possam provocar algum tipo de sofrimento, os símbolos que por lá vão sendo desenhados resultam sempre em autênticas reliquias, que vale a pena revesitar.

Reflexo





Qual será o meu verdadeiro reflexo?



Eu acho que depende sempre da luz que incide sobre nós. Como esse é um factor externo, como posso controlar a projecção fidedigna da minha imagem? Será que só pelo simples facto de querer controlar, é por si só um factor de adulteração?


terça-feira, 8 de setembro de 2009

Eu sabia...


Estão a ver?...que estupidez...claro que não, estão a ler.

Eu cá tinha as minhas razões para não sair de casa. Hoje fui oficialmente informado que iria para a campanha do engenheiro já a partir do dia 10.
Nem parece grande coisa eu sei, e até já sabia que isto iria acontecer, mas...é que ...também não sei explicar bem porquê, não estou com a mínima vontade de ir...

Dia 11 estou em Castelo Branco no primeiro de muitos comícios, para alegria de uns, e tristeza de outros.

Intensómetro


Hoje acordei intrigado...não sei explicar... sabem, acordei com aquela sensação estranha. Com pouca vontade de sair para a rua. Hoje tudo era estranho para mim, até aquela magnifica visão sobre a praia, o mar, os pescadores, as gaivotas, com que tenho a sorte de ser brindado logo no café da manhã. No entanto... não sei explicar... ainda estou estranho... Ora, quando acordo assim, gosto de fazer alguns exercícios de reflexão para calar o friozito no estômago. E lá vim eu estrada fora, de Vila do Conde até á Maia, a pensar com os meus botões. Perguntei eu ao botão da gola, que normalmente está desabotoado, logo é o mais relaxado para poder responder, " porque encaram com segundas intenções, o que normalmente só dizemos com uma?". Como é lógico nenhum dos botões respondeu, nem mesmo o mais relaxado. Se havia ruído no carro era o produzido pela RFM, a minha companhia matinal (perdoem os colegas de trabalho mas é verdade). Não responderam e ainda bem. Lá fui eu estrada fora a pensar... Porque é que quando eu digo, "o meu cão é branco", subconscientemente todos tentam visualizar o animal, e a respectiva cor, mas se disser "estas muito linda hoje", somos logo olhados de forma diferente, como se estivessemos á espera de receber algo em troca. É aquilo a que apelidamos vulgarmente de "segundas intenções". Segundas, ou terceiras, dependendo das verdadeiras intenções, digo eu. Bom...mas entretanto o cão continua branco, ninguém consegue atribuir nenhuma intenção ao raio da cor, é branca e ponto final. Resolver o problema até seria fácil, se eu prolongasse a viagem infinitamente, e continuasse num mundo surreal, onde pudéssemos andar todos munidos de um intensómetro, e assim evitar algumas confusões comunicacionais. Eu cá prefiro andar com os pés bem acentes no chão, mesmo que não pareça (falo com botões), e procurar que tudo seja reflectido em si próprio, como se de um espelho se tratasse.
Ora vamos ver se me fiz entender...É que este texto reflete apenas o que aqui está escrito...percebem? Sem segundas intensões, sem precisar de intensómetro.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Não Manuela... eu não esqueci

Não pensem que costumo esquecer as promessas. A propósito da já canonizada, Manuela Moura Guedes, tenho umas "coisitas" compiladas para apresentar. Entretanto para aguçar o apetite, deixo aqui ficar a versão da dita pivôt, no masculino, e em brasileiro. O homem que supostamente dá a noticia é também jornalista.

Gestos eternos

A importância que atribuímos a um simples gesto, depende na sua maioria de quem os pratica, e não do gesto em si. O aparente erro de sintaxe é muito mais profundo, vai muito mais além do valor aplicado ao gesto. Por exemplo atribuímos mais valor ás flores oferecidas por quem nos quer bem, do que ás oferecidas por um simples desconhecido. O gesto é o mesmo, a variante está na personagem.
Porém, embora os valorize sempre, ainda sou dos que atribuo mais valor aos gestos praticados por quem está longe. Estes poderiam muito bem escudar-se nas mais variadas desculpas para não fazer, para não dar, para não ultrapassar, ou simplesmente não dar a mão. Há quem com um simples estender de mão, ou com a simples frase "esquece lá isso", gere a energia suficiente para alimentar uma vida.

domingo, 6 de setembro de 2009

E o burro?..Sou eu?...




Estou desiludido… e não é um sentimento novo. Esta “coisa” de acreditar, o reaprender a reerguer a bandeira nacional, o descobrir que existe um verdadeiro desígnio nacional, têm por norma este epílogo. Mesmo que em jogo, só esteja a selecção de futebol. Eu sempre acreditei nas pequenas sementes, nas que normalmente se semeiam e resultam em flores resplandecentes, ou em deliciosos frutos. Aqui, o efeito poderia ter sido exactamente o mesmo. O efeito da multiplicação, ou o da bola de neve, poderia ter sido alargado a outros sectores da nossa sociedade. Poderia, digo bem, se soubessem aproveitar a onda lançada, pelo brasileiro mais português do mundo, que alguma vez pisou as terras de Portugal. É que a capacidade de gestão dos quadros que representam a selecção de todos nós (espero que ainda seja), deixaram fugir a pérola. Acharam que era o fim de um ciclo, que teríamos de escrever outra página. Enfim as desculpas de circunstância dadas por quem já não quer mais, ou pelos abutres sedentos de sangue. A verdade nua e crua, é que Scolari aferia um salário elevadíssimo, e tinha praticamente a família toda a trabalhar com ele a ganhar também um bom salário, e diga-se por último, era brasileiro. Se porventura fosse jogador de futebol até nem lhe ficaria mal, mas treinador de futebol brasileiro… é dose não é?


Acabado o “ciclo” Scolari nasceu a “era” Queirós. Nasceu… renasceu, porque o estimado já conhecia o lugar, onde aliás até estavam exactamente os mesmos actores. E o salário? O homem vindo do Reino Unido, qual D. Sebastião, veio ganhar substancialmente mais, mas não era brasileiro, logo o facto deixava de ter relevância. Lembro até que a autoridade máxima do futebol (Pinto da Costa), lhe deu a bênção. Não sei, se depois o gesto foi correspondido com o habitual beijo do anel… quer dizer desconfio…mas não sei.


Viram o jogo ontem? Espero que o tenham visto, porque fiquei com a nítida sensação que o país não parou, as bandeiras não foram erguidas, e ficamos todos pêlo “deixa lá ver a rapaziada”. Sabem exactamente quantos meses passaram desde a saída do “Sargentão”? Eu não. E mesmo que o soubesse não diria. Recuso-me determinantemente lembrar, que naquele banco está outro. Não é que tenha algo contra a selecção, é diferente, e faz-me confusão trocarem um treinador campeão do mundo sénior, que não percebia nada de futebol, por outro campeão do mundo júnior, que sabe tudo mas não ganha nada. Costumam dizer que o amor é cego e é verdade. Depois faz-me uma enorme confusão, andarem para ai a dizer, que compramos jogadores brasileiros para a selecção portuguesa, e acabado o jogo, ficamos pelo empate habitual. No tempo do Scolari, se alguém se atrevesse a um sussurro parecido, saía de campo vergado a uma goleada. Não era?


Estou desiludido, depois de ter assistido ao jogo de ontem, que mais uma vez entraremos na normalidade. Acabaram as bandeiras, aquele frio no estômago incontrolável antes de cada jogo da selecção, e aos festejos de rua. Também isso é o comportamento habitual das sociedades “terceiro-mundista”. Eu estou mesmo convencido, só pedia o pequeno favor Sr. Professor Carlos Queirós, se é que o permite, não diga que está a trabalhar para obter resultados daqui a dez anos. Para além de ficar mal, toda a gente vê pelos seleccionados que não é verdade… olhe resta-nos dizer “e o burro? Sou eu?”

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Afinal...Manuela...há outra...


Reparem bem no Zig Zag.
Primeiro foi o governo que despediu a senhora por causa da peça do freeport.
Depois é o grupo espanhol próximo do P.S.O.E., que não gosta dos serviços de tão estimada personalidade.
A seguir é? Afinal não é nada, é só a Manuela que vai ser despedida, o resto mantêm-se e a peça vai sair.
Se lerem com atenção no post de ontem eu pergunto, se tudo isto não passa de uma mega operação de marketing. Vejam se a primeira parte não está já conseguida?
Afinal a peça que o governo tinha censurado, vai passar. O jornal da T.V.I com este "diz que disse" absurdo, em vésperas de campanha eleitoral, baterá por certo todos os recordes de audiência.
A segunda parte dos objectivos virão a seu tempo, o prazo de chegada deve ser daqui a três semanas, mas entretanto voltaremos a esta questão.
Eu para rematar afirmo já, que é para não dizerem que ninguém avisou, que depois deste ruído todo á volta da senhora, chegarão á simples conclusão, que o casal maravilha afinal foi despedido, porque o buraco financeiro que deixaram na empresa, é igual ou superior ao que haviam deixado na R.T.P. a quando das suas também ruidosas saídas.
Basta só ter memória.

Em branco...e a culpa é do branco


Acreditem ou não, hoje dormi rápido demais. Se é que dormi...acho que houve uns lampejos sim...ou acho que sim. Ontem, como espero que saibam, choveu. É verdade choveu, pelo menos lá para os lados de Vila do Conde, onde vivo desde Abril deste ano, choveu. Ora estava eu lá por casa a cumprir as rotinas diárias a que já me habituei, e esta coisa branca que vocês vêem na imagem, a quem gentilmente chamam Fiord, dormia profundamente. Aliás era tão profundo o sono, que mesmo com as duas tv`s ligadas lhe conseguia ouvir o ressonar. Tenho por hábito antes de recolher aos meus "reais aposentos", levar sua excelência a fazer as suas últimas necessidades do dia, e ontem não fugi á regra. Eu (raramente) sou um perfeito idiota. Fiz-me á vida, até porque já era tarde, acordei o pobre do animal e lá fui com ele para o páteo. Abri a boca de espanto...não é que estava a chover? Raios Fiord, pensei eu, vou ficar aqui uma hora á espera que entres. Este meu fiel amigo (hoje estou com sérias duvidas), demorou menos tempo, uma vez que o obriguei a entrar em casa contra a sua vontade. Vocês não sabem, nem podem, mas esta curta viagem nos ditos "dias normais", torna-se num verdadeiro pesadelo em dias de chuva. O "moçoilo" fica parado focinho virado para o céu, como que a agradecer a vinda de tão delicioso refresco. Isto não era grave se não o fizesse minutos a fio, e como se já não bastasse,o facto de molhar o pêlo. E como tem pêlo este cão!
Bom... estou eu a entrar no primeiro sono e... como podem oferir pela ilustração, surge esta imagem fantasmagórica a um palmo de distância. "Raios Fiord, estava quase a dormir..." disse em voz alta, como se o facto de estar a falar com, e para ele, fosse alterar o facto de ter que levantar-me de novo. E lá fui eu em jeito de "mais uma viagem, mais uma fichinha", neste carrocel bem real. Mais uns minutos e volta a limpar sua excelência, volta a deitar para...minutos depois...estão a ver a imagem? Pois é mesmo isso, de novo a imagem... Esta imagem que para vocês pode até parecer muito engraçada, mas que para mim é hoje uma grande dor de cabeça.
E sabem quantas vezes este meu amigo cumpriu o ritual? Pasmem! Foram 15. Disse bem quinze. Deu tempo para tudo, até para tirar a foto...e ali ao meu lado, alguém dormia profundamente, não acordou uma única vez. Que raiva.
Não acho isto verdadeiramente interessante, mas vá lá, perdoem. É que eu já não fico a dever muito à beleza, não sou própriamente o que possa chamar um rapaz agradável á vista, mas depois deste verdadeiro pesadelo, tenho pena de quem se cruzar comigo na rua. E depois disto tudo, hoje só me ocorre dizer " Fiord? Olha fiorde tu branco de mer..."

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Ora ai está...

Serão autênticos atentados a inteligência humana, ou uma brilhante campanha de Marketing?
A....Pois desculpem. Estou mesmo a falar da saída do casal maravilha da T.V.I.
Esta é a questão do momento. Digamos que, a quando da saída de José Eduardo da mesma empresa, ninguém afirmou - "...e a seguir vai a Manela..."? Estávamos todos a ver, a ver não a T.V.I, porque me recuso a ver as megas novelas que por ali proliferam, mas a ver o filme.
Espanta-me por isso, que agora que a moçoila das "bolas de berlim"(um dia eu explico) foi finalmente afastada daquilo a que chamam um jornal, estejam os outros media a fazer grandes parangonas. Que eu saiba a T.V.I é uma empresa privada, não controlada pelo estado, e que pelos vistos mudou de capital recentemente.
No nosso país, está nas mesmas circunstâncias a S.I.C., empresa que é detida por um dos fundadores do PPD/PSD, actual P.S.D., onde se mudam de pivots do Jornal da Noite, como quem muda de camisa, e eu nunca vi nenhuma reacção de nenhum órgão de comunicação social como agora. Nem muito menos ninguém a tentar demonstrar que a democracia estava comprometida por esse facto. Como podem afirmar tão peremptóriamente que a saída desta senhora do pasquim de sexta á noite, tem necessariamente a ver com o governo? AAAAAAAA...pois a Manela tem um peça do Freeport para apresentar devidamente documentada...Bem se a têm porque não vende á S.I.C? Não está lá o Eduardo a trabalhar? Garanto que se tem a tal peça, tão bem documentada, até a B.B.C a compra, e a melhor preço, garantidamente.
Sabem... para não me alongar mais, e porque não quero cair na falta de respeito que esta senhora demonstra pelo país, que já lhe pagou durante muitos anos o salário na R.T.P, vou só deixar aqui um extracto da entrevista dada ao público, onde esta deixa transparecer toda a sua isenção a que está obrigada enquanto jornalista. E para rematar lembrar o vídeo da entrevista feita a Marinho Pinto, ainda (a custo) Bastonário da Ordem dos Advogados.
Quanto á pergunta deixo ao vosso critério, é pena que em plena campanha eleitoral, estejamos perante "mais do mesmo".

Revê-se num paralelismo entre o Jornal e o Independente de há 15 anos?

Felizmente, porque o Independente, naquela altura, toda a gente esperava para saber que notícia trazia que deitava o ministro abaixo. A diferença é que hoje os ministros não vão abaixo - o que quer que aconteça permanecem no mesmo sítio, há muita impunidade.




Laços




Há sabores bem amargos... Bem mais que o café da manhã ingerido sem açucar. Eu que sou adepto da modalidade, posso atestar com certificado de garantia esta afirmação.
Nós portugueses, adquirimos o hábito de conseguir sarar as nossas feridas, olhando para o vizinho do lado, sempre com a leve esperança que este passe por momentos mais delicados, para então podermos afirmar " livra...afinal eu até estou bem". Quem de nós já não o fez? Duvido que alguém possa levantar o braço...
Admito que os meus equilibrios estão um pouco fragilizados, tudo porque a vida fez o favor de enviar mais uma das famosas lições. Fiquei a saber, não interessa como, que um velho amigo, dos poucos amigos que nos restam e pelos quais dariamos tudo, até a vida se necessário fosse, estava de luto. A mãe havia falecido...e eu como sempre, cheguei tarde...muitos dias mais tarde diga-se.
Não é que a minha presença pontual lhe desse mais ou menos conforto, ou lhe devolve-se a perda. Estaria ser presunçoso demais se eventualmente uma réstea da ideia me ocorresse. Mas não é nos maus momentos que se vêem as verdadeiras amizades? Não gostamos nós de levantar a cabeça e ver que um pouco da nossa dor está a ser partilhada? Estas questões atormentam-me desde então. Não é com um e-mail escrito, mais ou menos apressadamente que justificamos o injustificável, e muito menos com um post num mísero blog.
O nosso percusso neste mundo ás vezes obriga a mudanças de direcção muito acentuadas, e influênciados pelos mais variados tipos de egoísmos pelos quais somos assolados diáriamente, optámos por seguir caminhos diferentes. Mesmo consciente desta verdade incontornável, o facto é que não me sinto minimamente confortado pelo facto. Ter ainda uma réstea de consciência é por vezes um grande fardo. Por vezes a vontade de atira-la borda fora é tanta, que só de pensar no assunto, sinto-me logo a espumar de raiva. Não quero com isto chegar aos calcanhares de um qualquer Paladino, ou candidatar-me ao prémio Nobel da Paz. É que ainda me sinto mais aborrecido, porque ele (amigo), sempre que o acaso no fazia cruzar, avisava:
" Aparece...Vê se vens ver os amigos de vez enquando... Ainda és vivo?"
Acreditem que estas palavras me tocavam...aliás como tocavam, mas o ego falava mais alto, sempre falou. E sabem? Este é dos amigos que nunca faltaram quando mais precisei...Nunca. Aliás só estou sentado nesta cadeira, e a escrever neste teclado, porque um dia, ele se lembrou de ligar para o télemóvel a dizer:
"...pá queres ir trabalhar? Os tipos da...estão a precisar de gente, e eu lembrei-me de ti."
E eu? Quantas vezes lembrei que ele existia?
Percebem agora? Pecebem porque é que eu não posso estar "equilibrado". Não querendo transformar o texto numa verdadeira tragédia grega, porque não é essa a minha verdadeira intenção, digo-vos que hoje de manhã ao visitar o blog onde o voltei a descobrir, fiquei de novo a saber, que mais um familiar faleceu. E querem saber onde eu estava? No mesmo sítio...exactamente no mesmo sítio.
É por isto que hoje estou com os meus laços de luto! Não só porque alguém conhecido continua num ciclo de sofrimento, mas essêncialmente porque ando a matar, mais ou menos conscientemente laços que sempre me disseram muito.
Amigo espero que um dia, quando tu também estiveres mais equilibrado, possas ler com atenção, compreendas e perdoes. Não é que esqueças, que simplesmente perdoes .

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Gravidade...ou a falta dela




Acho que preciso ter mais atenção ao lugar onde gravito...

Não sei se um dia não terei de colocar de novo os pés no chão...

Não é?




terça-feira, 1 de setembro de 2009

As minhas Divas



Elisângela : Teutônico; Aglutinação de Elisa, um nome que em latim significa feliz, com Ângela, nome grego que significa anjo, mensageira.
Beatriz nome que em latim significa bem - aventurada.
A primeira faz o favor de aturar os meus desvarios faz oito anos, a outra é a mais recente luz do meu caminho, a minha sobrinha.
Estes são os sorrisos que me acompanham todos os dias, obrigado.

Delicioso


Porque....há olhares que valem bem mais de mil palavras...

MENTIRA


Duvido que exista algo tão asqueroso como a mentira. No entanto, a dura realidade é que a "desdita" é tão vulgar, que se torna cada vez mais difícil distinguir a realidade, da pura fantasia.

Mentir é tão banal, (diz um estudo que " ...mentimos cerca e 200 vezes ao dia..", segundo estatística citada por Roque Theophilo), que as probabilidades de encontrar alguém "virgem" nesta matéria, seria com encontrar uma agulha num palheiro. Como devem imaginar, eu estou incluído no grupo das pessoas que já mentiram. Provavelmente não 200 vezes ao dia, mas já menti. Não importa se a mentira era piadosa, sem maldade, para proteger alguém, para aliaviar a dor alheia, ou simplesmente para não me compremeter, uma mentira é sempre uma mentira.

A mais longinqua das civilizações já reprovava a mentira, e é destaque no livro mais lido no mundo, tendo várias passagens dedicadas a esta matéria. No entanto apesar de todos estes milénios de reprovação, porque continuamos a viver de forma tão natural com ela?

Não sei a resposta, e acho até que dificilmente alguém a saiba. Mas desconfio que mentir é tão intrínseco ao ser humano, que já nos corre nas veias.

Há até quem viva de tal forma embrenhado no mundo da mentira, que acaba por se convencer que essa é a sua verdadeira realidade. E é! Por mais asqueroso que essa ideia me pareça, é de todo legitimo dar espaço á existência desses seres. Sem espécie de preconceito, acho que o seu unico defeito é, o de aumentarem a estastica. Só lhes aponto o dedo porque em vez de mentirmos 1 vez por dia, é por eles que passamos a mentir 200. Por exemplo quantas vezes mentirá por dia um politico português, um advogado, um médico, um jornalista, ou até mesmo um padre?

Neste mundo de mentira, se inventassem um aparelho qualquer para detectar mentiras com eficácia, seria bem curioso observar algumas reacções. Digo isso porque vivo no meu mundo, sim no meu, não no mundo assente no fio da navalha de uma mentira qualquer. Mas para quem lá mora como seria? Como se adaptariam eles à nova realidade? Provavelmente, digo eu, inventariam logo outro aparelho para inibir o detector de mentiras, era a mais fácil das decisões.

Não hoje não é o dia mundial da mentira, mas podia ser... Se bem que para alguns o dia da mentira é como o natal, é sempre que o homem quer e a mulher deixa. Não é?