terça-feira, 8 de setembro de 2009

Intensómetro


Hoje acordei intrigado...não sei explicar... sabem, acordei com aquela sensação estranha. Com pouca vontade de sair para a rua. Hoje tudo era estranho para mim, até aquela magnifica visão sobre a praia, o mar, os pescadores, as gaivotas, com que tenho a sorte de ser brindado logo no café da manhã. No entanto... não sei explicar... ainda estou estranho... Ora, quando acordo assim, gosto de fazer alguns exercícios de reflexão para calar o friozito no estômago. E lá vim eu estrada fora, de Vila do Conde até á Maia, a pensar com os meus botões. Perguntei eu ao botão da gola, que normalmente está desabotoado, logo é o mais relaxado para poder responder, " porque encaram com segundas intenções, o que normalmente só dizemos com uma?". Como é lógico nenhum dos botões respondeu, nem mesmo o mais relaxado. Se havia ruído no carro era o produzido pela RFM, a minha companhia matinal (perdoem os colegas de trabalho mas é verdade). Não responderam e ainda bem. Lá fui eu estrada fora a pensar... Porque é que quando eu digo, "o meu cão é branco", subconscientemente todos tentam visualizar o animal, e a respectiva cor, mas se disser "estas muito linda hoje", somos logo olhados de forma diferente, como se estivessemos á espera de receber algo em troca. É aquilo a que apelidamos vulgarmente de "segundas intenções". Segundas, ou terceiras, dependendo das verdadeiras intenções, digo eu. Bom...mas entretanto o cão continua branco, ninguém consegue atribuir nenhuma intenção ao raio da cor, é branca e ponto final. Resolver o problema até seria fácil, se eu prolongasse a viagem infinitamente, e continuasse num mundo surreal, onde pudéssemos andar todos munidos de um intensómetro, e assim evitar algumas confusões comunicacionais. Eu cá prefiro andar com os pés bem acentes no chão, mesmo que não pareça (falo com botões), e procurar que tudo seja reflectido em si próprio, como se de um espelho se tratasse.
Ora vamos ver se me fiz entender...É que este texto reflete apenas o que aqui está escrito...percebem? Sem segundas intensões, sem precisar de intensómetro.

2 comentários:

  1. É verdade! Nem sempre conseguimos entender literalmente o que nos está a ser dito ou mostrado! Acho que o ser humano (a maior parte deles) demonstra alguma capacidade a mais para produções cinematográficas! Contra mim falo!
    E eu que pensava que o Spilberg e o Tarantino eram os maiores nisso!
    :) Beijinho

    ResponderEliminar
  2. Pois é!
    Só espero ´q que escolham mais vezes o Tarantino.
    :b bjs

    ResponderEliminar