segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Coragem


Ontem foi para mim o final dos 18 dias mais extenuantes da minha vida!
Depois da excelente aventura em que me vi envolvido, deixei cair alguns preconceitos que mantinha sobre a politica,e sobre os políticos.
O cansaço invadiu o meu corpo, e eu deixei-me apanhar pelas suas armadilhas. Mas feitas bem as contas valeu a pena. Portugal acordou hoje no mesmo século, sem suspensões temporárias da democracia, sem o "orgulhosamente só", e apesar da temperatura amena que nos brinda o final de verão, sem nenhum tipo de asfixia.
Sinto-me orgulhoso por ter contribuído para que a campanha do primeiro ministro tenha chegado a bom porto. Foi uma ínfima migalha que lhe dei é certo, mas estive lá. E que bom foi estar lado a lado com personalidades que ficarão ligadas a história de Portugal e da jovem democracia, como Mário Soares, Almeida Santos, Jaime Gama, Maria Barroso, Manuel Alegre, etc. Estar perto destas figuras é absolutamente fantástico, preenchem a nossa alma, dão mais sentido as nossas vidas.
Podemos enumerar um infindável rol de críticas a estas personalidades que gravitam á volta da nossa política, tentar até reduzir a zero o trabalho que elaboram diariamente. Mas têm de concordar, ser político hoje em Portugal, é por si só sinónimo de coragem.
Vejamos o exemplo de José Sócrates, e de Manuela Ferreira Leite. O primeiro foi abalado pela histórica crise mundial que afectou a governação, pela invenção de casos a dias da campanha eleitoral, pela intromissão do Presidente da Républica num campeonato que não é o dele, e mesmo assim deu a cara até ao fim, e venceu. Nesta campanha Sócrates, foi enxovalhado pela comunicação social, insultado pelos paladinos da democracia, queimado pelos que advogam a asfixia, e deu sempre o peito ás balas. Manuela Ferreira Leite é sem dúvida também uma mulher de coragem. Depois de dar o dito pelo não dito, de não ter sequer a capacidade de explicar o seu programa eleitoral aos portugueses, por ter feita a campanha mais nojenta desde os tempos do PREC, e por fim depois de ter sido redondamente derrotada nas urnas, quando tudo jogava a seu favor, não se demitiu.
Sem dúvida é preciso ter coragem, muita coragem!

2 comentários:

  1. Não consigo saber o que avançou para poder responder. (risos)
    Abraço.

    ResponderEliminar
  2. É o cansaço...e a pressa.
    Foi publicada mais cedo do que devia.
    abraço.

    ResponderEliminar