domingo, 18 de outubro de 2009

Farmacia em Perafita escreve-se com F ou Ph?

Este é sem dúvida um bom caso para reflectir.
Confesso que olho sempre para estes casos que envolvem a saúde com muita desconfiança. Felizmente, não padeço de uma qualquer doença do foro oftalmológico. A criação de vários lobbies ligados á saúde, são evidentemente os grandes responsáveis pela minha desconfiança, e não o contrário. Não precisamos recuar muito no tempo para perceber isso mesmo, basta só lembrar por exemplo, o caso da histeria colectiva que se vive em torno da gripe A. Quem não ligou este facto, á não menos famosa compra em massa da vacina por um grande grupo laboratorial?
Pois é. Mas para mim essas são contas de outro rosário, não passa de um mero exemplo, e não gostaria de me desviar do que considero absolutamente essencial.
Em Perafita, Matosinhos, existem duas farmácias ao serviço da população, o que quando comparado com outras freguesias deste país, é por si só nota de registo. Aliás se tivermos em conta a proximidade do aeroporto, poderíamos bem contar três, não fora a zona de embarque pertencer já ao Concelho da Maia. Ora, estaria aqui a fazer grandes elogios aos proprietários das farmácias, e á Associação Nacional de Farmácias, não fosse o facto de nenhuma delas prestar serviços nocturnos. Ou seja, qualquer habitante de Perafita quando precisa de comprar algum tipo de medicamento fora das horas de expediente, tem que se deslocar a outras freguesias vizinhas. Para os que possuem transporte próprio, acredito que este até não seja um grande problema, uma vez que facilmente se deslocam meia dúzia de quilómetros, até encontrarem uma qualquer farmácia de serviço. Mas e os que não possuem? Será normal pedirmos para aguentarem até ao dia seguinte? Não será esta franja de população merecedora da mesma atenção que os outros? Quais são os motivos apresentados pelas farmácias e pela respectiva associação, que levam a esta situação? O silêncio em torno destas questões é quase ensurdecedor. Apenas um partido durante a campanha para as autárquicas teve a coragem de abordar este assunto com todo o propósito, e ainda assim todos os outros se calaram. Mas quanto a mim este é um assunto que estará certamente em cima da mesa muito brevemente, e se não estiver, deveria, uma vez que contribui decisivamente para a melhoria da qualidade de vida dos habitantes locais. E esta bandeira (qualidade de vida), foi levantada por todos os partidos no fervor da campanha, no sentido de conquistar votos. Logo seria pura demagogia, agora que têm assento garantido nos lugares de decisão, não cumprirem o que prometeram á população. Considero que o facto de as farmácias de Perafita, não colaborarem com as restantes farmácias de Matosinhos, nos serviços 24 horas, intolerável. Está na Hora de terminar com os legados do século passado, de pensar sempre na qualidade de vida, não só quando dá jeito para se poder conquistar mais um voto, e de terminar com alguns lobbies, que julgo colocarem entraves sérios, ao desenvolvimento de Perafita.
Para terminar digo-lhes que aqui nesta vila, por estes motivos que vos enunciei, farmácia ainda se escreve com Ph, porque dá jeito manter as tradições.

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