sábado, 17 de outubro de 2009

O que faz falta não é animar a malta!

Sabia que 18 em cada 100 portugueses é pobre? O número é avançado pela REAP, Rede Europeia Anti-Pobreza, e deveria envergonhar-nos a todos. Receio no entanto que a cifra, vá servir única e exclusivamente para arma de arremeço politico, em vez de nos unir em torno da questão fundamental, erradicar a pobreza.
Vivemos uma época onde impera a hipocrisia social, onde cada um de nós finge preocupar-se, e contribui muito pouco. Quando falo em contribuir, não falo em dar a esmola da praxe, num dos muitos peditórios que decorrem um pouco por todo lado.
Esta na hora de todos nós, principalmente a classe politica, parar a permanente campanha eleitoral, que se faz em torno desta questão. A permanente procura, de todos, da esquerda á direita, arranjar a música perfeita para encher os nossos ouvidos, com o objectivo de angariar uns quantos votos, não resolve absolutamente nada. O defeito não é exclusivo de um só partido, é transversal.
Faz falta então, colocar definitivamente as diferenças de lado, juntar massa critica, e procurar com inteligência soluções que possam a médio prazo diminuir estes números. Discutam se os subsídios são de facto uma ajuda ou a fonte de mais um problema, discutam politicas de emprego sustentado, discutam a educação, enfim... Discutam, tudo o que possa ajudar as pessoas com dificuldades, a encarar o futuro com alguma esperança, mas façam-no despidos das cores partidárias, ou de ideologias bacocas do século passado.
A nossa sociedade está a mudar, já não basta animar a malta, é preciso agir e demonstrar resultados práticos, sob pena de comprometer a jovem democracia para sempre.

2 comentários:

  1. Carissimo Barbie Boy, penso que qualquer pessoa concorda contigo quando dizes que a pobreza é um flagelo social. No entanto, ela não surge apenas, ou melhor, apenas como consequência político partidária. Infelizmente, e embora seja díficil de encarar desta forma, muita da pobreza existente em Portugal é "praticada" por opção. Para que eu não seja mal interpretado, dou-te 1 ou 2 exemplos. Quantas pessoas conheces que moram em bairros sociais (sem pagar renda) que tem carros de gama alta e excelentes roupas de marca? Quantos conheces que trabalham "por fora", e estão pelo rendimento minimo, e no fim do mês têm dinheiro para tudo e mais alguma coisa? (Estes contam também para os "18 em 100" que falas).
    Infelizmente, os realmente pobres sofrem de verdade, e lutam todos os dias, mas, todos "esses falsos pobres" quando são chamados para trabalhar pelo Centro de Emprego..."Tá Queto!"
    Isto para te dizer que a solução não passa apenas por iniciativas políticas, mas sim também, por força e vontade das pessoas.
    Abraço

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  2. Caro Hélder, estou 100% de acordo com o teu comentário. Aliás estou mesmo convicto que existem gerações interias que foram educadas, na famosa subsidio dependência.
    Não queria ir mais longe, mas penso que terminar com os falsos pobres, depende de todos nós. Todos conhecemos alguém que vive a lesar o estado, mas raras são as queixas que dão entrada nos respectivos ministérios. Para terminar fica aqui um bom exemplo, em Perafita os dependentes do RIS, são chamados a fazer trabalho comunitário, pela respectiva Junta de Freguesia. É uma boa forma de manter as pessoas activas, e provavelmente uma boa forma de fiscalização, desde que efectuada sem medo dos calendários eleitorais como é o caso. Obrigado pelo exelente contributo que acabou de dar Hélder.

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