terça-feira, 5 de janeiro de 2010

O que os olhos vêem a alma nunca apaga!

Por vezes interrogo-me como nasceu esta nossa eterna "mania" de ver para além do que o nosso olhar nos mostra. Não considero que o "tique" seja exclusivamente negativo, de todo, mas na sua maioria é. E só o é, porque utilizamos esta fantástica faculdade, a de poder aliar o sentido da visão à inteligência atribuída a cada um de nós, mal, muito mal. Diga-mos que na maioria das vezes deixamos que o nosso estado de espírito deturpe o olhar sobre o mundo, os problemas, os desafios, ou simplesmente sobre as pequenas coisas que nos rodeiam, e que à partida nos parecem tão insignificantes. De facto a nossa mente consegue perverter em larga percentagem a visão, de tal forma que acabamos por ver o que mais ninguém viu, embora estejamos todos a olhar para a mesma cena desta peça de teatro que é a vida. Embora compreenda esta incoerência, sei porque acontece, também por lá passei, tenho uma séria dificuldade em perceber o facto de se gastar tanto latim, para convencer os mais imaginativos cidadãos do mundo, que afinal não viram, ou não estão a ver o que lhes parece. Não merece a pena, nem o trabalho, não porque lhes atribua menos importância como indivíduos, mas pelo simples facto de ser absolutamente impossível apagar a imagem criada nas suas "mentes". Resta assim, para grande tristeza minha, deixa-los pensar que viram ou que vêem o que na realidade é pura ficção, ou a esperança que o dia em que a sua imaginação, será redireccionada para factos mais positivos chegará. Talvez aí possamos de verdade ser mais tolerantes, mais puros, mais verdadeiros. E... bem, se já é difícil entender esta minha interrogação, o que dizer dos que nunca viram, os que só supõem, ou que imaginam que assim será, mas mesmo vivendo neste limbo de dúvidas o tomam como certeza absoluta? Merecem o quê? Para já fica a minha revolta!

Sem comentários:

Enviar um comentário