terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Um bluff chamado Copenhaga

Durante uma semana, as comitivas dos diversos países presentes na cimeira do ambiente, passaram umas férias de sonho. Apesar dos efeitos da crise económica ainda se manifestarem, os contribuintes lá abriram os cordões à bolsa, pagaram deslocações, despesas de representação, e sabe-se lá mais o quê, tudo em nome de uma causa muito nobre, salvar o PLANETA. As expectativas eram elevadas, todos esperavam pela assinatura de um acordo que permitisse sonhar com a melhoria das condições de vida de milhões de pessoas, que começam a sentir os efeitos das alterações climáticas. Mais, pensava eu, sim pensava já não penso assim, que os políticos estariam seriamente preocupados com o ponto de não retorno que o nosso planeta atingiu, e assim preocupar-se-iam de verdade com o futuro dos seus filhos. Mas enfim...não foi desta, e a cada dia que passa fico cada vez mais convencido que não será nas próximas, embora o tempo comece a escassear. Pergunto-me a cada passo, como convencer alguns políticos desta esfera, que dinheiro no bolso não resolve tudo, principalmente se um dia ele deixar de servir seja para o que for, pelo simples facto de já não existir um planeta habitado, ou por já não existirem locais onde se possa gastar o dinheiro amealhado. É um facto, estou rendido, ninguém quer saber do futuro da TERRA. Não querem porque os "todos poderosos" deixaram de ser ambiciosos, e passaram a gananciosos. E a Ganância, o querer ganhar dinheiro a todo o custo, normalmente dá maus resultados. Se não travarmos a degradação do meio ambiente, é absolutamente lógico que o fim do PLANETA tal e qual o conhecemos, terá os seus dias contados. É uma frase demasiadamente gasta, de tal forma que são já poucos os que a escutam de verdade, restando aos outros, os que ainda se vão preocupando, pregarem no deserto. Aos que passaram férias de verdade em Copenhaga, e aos que lá foram jogar um "POKER", ficarão verdadeiramente preocupados um dia mais tarde, talvez daqui a cinco ou dez anos, quando as praias da Califórnia, do Algarve, de Ibiza, ou as Ilhas paradisíacas da Indonésia desaparecerem para sempre do mapa. O Planeta está a morrer um pouco todos os dias, e inverter esta tendência já deixou à muito de estar nas nossas mãos, simples cidadãos do mundo, e para mal dos nossos pecados, ficamos a depender deles, dos mestres do bluff.
Aos Cubanos, Venezuelanos, e Nicaraguenses, vão os meu votos de pesar. É pena quando à frente dos nossos destinos estão homens sem visão, incultos, gananciosos, e verdadeiros assassinos do mundo.

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