
Tenho por costume "morrer" para vida pelo menos uma vez por ano. E utilizo a expressão morrer, porque é a que se aproxima da realidade. Mergulho de tal forma no trabalho que tudo o resto passa ao lado, literalmente ao lado. Entro numa espécie de limbo onde nem as pessoas mais próximas têm acesso. Este fenómeno acontecia normalmente em meados de Novembro e terminava com a chegada do ano novo. Pois bem, quis o destino, ou quiseram traçar o meu destino de forma a que este mergulho acontecesse mais cedo, e eu lá fui mais uma vez. Morri sim senhor, durante muito tempo, tanto tempo que a bem dizer, não sei lá muito bem a data do óbito, só sei que foi há demasiado tempo.
Agora de novo ressuscitado do mundo dos vivos, dos que moram no clube dos workaholics, não voltarei para lá. E posso jurar a pés bem juntos que esta foi a última vez que morri antes de morrer definitivamente.